Projeto Anual 2019 Tema Gerador: “Emoções que curam”

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“Aceitar as emoções é uma forma terapêutica de viver porque quem as aceita sintoniza o pensamento à realidade e ao processo de autoaceitação. A cura vem sempre para os que não desistem.”

Ermance Dufaux

Toda emoção dentro de nós significa algo a nosso respeito e tem uma função reveladora.

A ausência de habilidades emocionais para lidar com nossas emoções é a causa principal das nossas dores, pois, sem uma leitura precisa do que significa e para que serve cada uma delas, agimos e falamos em desacordo com aquilo que sentimos. Nossas atitudes e palavras têm um impacto profundo nas relações e nos contextos, trazendo de volta ao mundo emotivo os resultados de nossas ações benéficas ou prejudiciais, libertadoras ou escravizantes.

Embora consideradas emoções que causam sofrimento, podemos transformar a tristeza e a mágoa, o medo e a culpa, o orgulho e a inveja em sinais que nos direcionam rumo à busca pelo autoconhecimento e pela autoaceitação. Identificando, compreendendo e aceitando nossas emoções, seremos capazes de caminharmos para a construção de uma vida mais consciente e humanizada. Dessa forma, a tristeza pode se tornar um convite para um melhor ajustamento à realidade.

A mágoa é uma dor que nos sacode para que descubramos velhas ilusões no campo mental. O medo é um indicador de que queremos responder acertadamente aos desafios, requisitando de nós mesmos maior preparo e atenção. A culpa nos convoca a rever crenças e valores. O orgulho, se bem orientado, torna-se pilar da autoestima. A inveja pode ser pista sobre os talentos adormecidos. Em cada traço sóbrio de nossa personalidade, existe uma dica emocional para a superação de nossas dificuldades.

Mas o que isso tem a ver com a Escola? Os benefícios de se trabalhar as emoções neste espaço são muitos, tanto para os alunos quanto para todos os envolvidos com o seu aprendizado. Crianças e adolescentes capazes de identificar e regular suas emoções tendem a prestar mais atenção, a se esforçar mais,  a ter níveis menores de estresse e a mediar conflitos.

Para Daniel Goleman, Inteligência Emocional significa a capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos.

Ela passa por cinco habilidades:

– Autoconhecimento emocional: capacidade de  reconhecer as próprias emoções e sentimentos.

– Controle emocional: habilidade de lidar com os próprios sentimentos, adequando-os às situações vividas.

– Automotivação: capacidade de dirigir as emoções a serviço de um objetivo ou realização.

– Reconhecimento das emoções em outras pessoas: habilidade de ver o outro, perceber seus sentimentos e ter empatia. Empatia é outra habilidade que constrói o autoconhecimento.

– Relacionamentos interpessoais: habilidade de interação, de assimilar sentimentos do outro, valorizando-o e respeitando-o como a si mesmo.

Ele conclui que quem consegue controlar suas emoções também consegue desenvolver melhor sua inteligência.

O professor é fundamental no processo da educação para as emoções. Ele pode atuar com a intenção de realmente preparar os alunos a serem conscientes e responsáveis em sua forma de sentir, de pensar e de agir. Reconhecendo as emoções das pessoas ao seu redor, pode criar um canal para uma interação equilibrada a partir dos sentimentos.

Trabalhar com a inteligência emocional ajuda nossos alunos a lidarem com as emoções humanas e analisarem de que maneira cada uma delas se manifesta em cada um de nós, trazendo a percepção da forma como os sentimentos potencializam ou limitam a construção de uma vida mais plena.

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